Últimas Notícias
Tomada de posição para ser aprovada nas escolas entre 10 e 14 de Março
Tomada de posição para ser aprovada nas escolas entre 10 e 14 de Março
Aos Professores e Educadores
Aos Órgãos da Gestão
Aos Conselhos Pedagógicos
Aos Departamentos Curriculares
Aos Conselhos de Docentes
Colegas,
Como é conhecido, em resultado da grande e histórica Marcha da Indignação dos Professores, foi decidido continuar o movimento reivindicativo dos professores e educadores.
Nesse sentido, a FNE e os restantes Sindicatos da Plataforma Sindical dos Professores, propõem que, nesta semana, em que fazemos luto nas nossas escolas, colocando sinais visíveis e usando sinais visíveis desse luto, sem medo e com muita determinação, como o demonstrámos no passado Sábado, se aprovem em todos os espaços em que se reunem professores (sala de professores, departamentos, conselho pedagógico, conselhos de docentes,...) a posição que se segue.
Solicita-se que esta possa ser enviada para os Sindicatos, mas também para o Primeiro Ministro e a Ministra da Educação.
Ministra da Educação - gme@me.gov.pt
Primeiro-Ministro - pm@pm.gov.pt
Nota: O documento que se segue pode ser descarregado no formato .doc (do Microsoft Word) para posterior edição/impressão.
PLATAFORMA SINDICAL DOS PROFESSORES
TOMADA DE POSIÇÃO
Os docentes da Escola/Jardim de Infância* _________________________, do concelho de _____________________, reunidos em _____/_____/_____, preocupados e indignados com a actual situação que se vive na Educação, aprovam a seguinte posição:
1. Com o objectivo de devolver às escolas, no imediato, a serenidade indispensável para que o ano lectivo termine sem
perturbações mais graves do que as já existentes, deverá o Ministério da Educação:
a) suspender o processo de avaliação até final do ano lectivo, sem que daí resulte qualquer prejuízo para a carreira dos docentes;
b) garantir a não aplicação às escolas, até final do ano, de qualquer procedimento que decorra do regime de gestão escolar aprovado em Conselho de Ministros e ainda não publicado;
c) negociar normas sobre organização do próximo ano lectivo que consagre horários de trabalho para os professores pedagogicamente adequados e compatíveis com o conjunto das funções docentes;
d) respeitar os quadros legais em vigor, em especial no que respeita às situações que já mereceram sentenças em Tribunal condenando o ME. É o caso do pagamento de horas extraordinárias pelo serviço de substituições já prestado, mas também as ilegalidades, por exemplo, cometidas em sede de colocação de professores ou no concurso a titular.
2. Num plano mais geral, os professores exigem uma mudança de política educativa, com o objectivo de valorizar e
dignificar a profissão e a carreira docente, bem como de promover uma Escola Pública mais democrática e de maior qualidade. Nesse sentido, defendem:
a) a renegociação do Estatuto da Carreira Docente, designadamente no que respeita ao regime de avaliação, estrutura da carreira e sua divisão em categorias, horários de trabalho e estabilidade de emprego, incluindo a prova de ingresso na profissão;
b) a renegociação do regime de direcção e gestão escolar, devendo, nesse sentido, serem respeitadas as considerações do Conselho Nacional de Educação que apontam para a necessidade de, antes de qualquer alteração, avaliar o actual modelo;
c) a renegociação da legislação aprovada sobre Educação Especial que, em diversos aspectos, atenta contra princípios fundamentais da Escola Inclusiva;
d) a aprovação de medidas que promovam a qualidade da educação e do ensino e, simultaneamente, contribuam para reduzir os elevadíssimos e preocupantes níveis de desemprego e precariedade que atingem os docentes;
e) a garantia efectiva de que nenhum docente será remetido para a "mobilidade especial", independentemente da sua situação profissional, incluindo os casos de doença que inviabilizem o exercício de funções lectivas;
f) o respeito pelos direitos sindicais e pela liberdade de exercício da actividade sindical pelos professores.
Os professores e educadores portugueses reafirmam a sua profunda indignação face ao desrespeito e desconsideração que, em relação a si, têm sido manifestados pelo actual Governo, em especial pelos membros da equipa do Ministério da Educação. Equipa que deixou de reunir condições para se manter em funções, visto que, com ela, se esgotaram todas as vias de diálogo e negociação possíveis. Reafirmam, ainda, toda a determinação na luta por estes objectivos, razão por que continuarão a exigir mudanças profundas nas políticas educativas em curso.
[*Esta posição poderá adaptar-se para eventual aprovação em reuniões de conselho de docentes, de departamento ou de qualquer órgão da escola. Deverá ser enviada para (MORADA DO ME E DO PM), devendo ser dado conhecimento ao respectivo Sindicato].
- Log in to post comments
Educadores e Professores exigem políticas assentes no diálogo e na concertação
A histórica marcha da indignação pela educação que, no sábado, juntou cem mil educadores e professores, em Lisboa, foi a prova de que os principais actores do processo educativo rejeitam a nova carreira docente e o processo de avaliação.
Dois terços dos docentes que integram o Sistema Educativo nacional disseram, convicta e espontaneamente, “não” à generalidade das políticas educativas implementadas por Maria de Lurdes Rodrigues, com o beneplácito do primeiro-ministro.
O isolamento a que está votada a ministra da Educação, legitimada por José Sócrates, é revelador de um inenarrável autismo e teimosia.
Apesar desta resposta maciça e plural dos educadores e professores, a ministra da Educação continua a cavalgar a demagogia e a inverdade junto da opinião pública.
Agora até recorre ao sorriso demagógico e a uma linguagem dócil para arregimentar os mais incautos.
Tem o descaramento de afirmar que até compreende o descontentamento e até necessita de explicar o processo de avaliação porque nem todos o entendem. Que desfaçatez! Maria de Lurdes Rodrigues tem de se dar conta que foi um erro de casting. Que a sua presença agudiza, ainda mais, os problemas que afectam o país a nível do Ensino e da Educação.
Hoje, os portugueses estão confrontados com uma gravíssima situação que não se resume à presença de Maria de Lurdes Rodrigues no Ministério da Educação (ME), mas às políticas que está a levar, obstinadamente, por diante.
Basta de falta de respeito. Chega de tanta prepotência e autoritarismo.
O SPZCentro e a FNE consideram as reformas necessárias. Mas realizadas com conhecimento de causa. Atendendo aos contextos e às realidades escolares. Com a participação dos agentes educativos. Nunca contra. Jamais lançando campanhas de difamação. Em tempo algum menorizando ou hostilizando o trabalho responsável e escrupuloso dos seus profissionais.
É apanágio do SPZCentro e da FNE negociar e concertar posições que levem à melhoria do Sistema de Ensino. São inúmeros os exemplos que espelham isso durante a longa história das duas organizações de educadores e professores.
Por isso, não foi de ânimo leve que o SPZCentro e a FNE chamaram para a rua os docentes. Fizeram-no para demonstrar ao Governo que estão descontentes com o exercício da ministra da Educação, com a imposição e a desconsideração permanentes.
Ora, não é bom que as escolas e os docentes estejam mergulhados na confusão e no ruído. É importante, isso sim, repor as condições para o exercício pleno da função de ser Educador e Professor. Isso passa necessariamente pela recuperação da confiança e de um novo clima de entendimento entre as partes. De novas políticas. De um novo diálogo entre o ME e os Sindicatos.
Para bem dos alunos, dos pais e encarregados de educação, do Ensino e da Educação.
Para bem do país.
- Log in to post comments
Circular da DGRHE
O Decreto-Regulamentar nº2/2008, de 10 de Janeiro, veio regulamentar o funcionamento e a aplicação do novo modelo de avaliação do pessoal docente, consagrado no Estatuto da Carreira Docente (ECD).O artigo 16º do Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro estabelece que «1- A primeira progressão na estrutura da carreira fica condicionada à aplicação do novo regime de avaliação do desempenho (….)» e ainda que «2 – Para efeitos do número anterior, a avaliação de desempenho pode incidir sobre um módulo de tempo de serviço inferior a dois anos.»Tendo em vista não prejudicar qualquer um dos seus docentes na progressão na carreira, têm os agrupamentos e escolas não agrupadas questionado esta Direcção Geral procurando saber quais os docentes que carecem de avaliação de desempenho no presente ano lectivo. Consulte aqui a Circular nº B080002111G de 26-02-2008: CircularAvaliação de desempenho dos docentes - anos lectivos 2007/08 e 2008/09
- Log in to post comments